Contaminação em áreas de isolamento hospitalar: Saiba como evitar

Os hospitais são locais que recebem diariamente centenas de pacientes. Muitas vezes contaminados por doenças transmitidas pelo ar, como por exemplo, tuberculose ou por alguns vírus altamente fatais, como o ebola.

Pessoas contaminadas com estes vírus são possíveis contaminantes das pessoas e locais a sua volta. Pensando nisto, é essencial criar estratégias que auxiliem na separação correta deste paciente, garantindo o isolamento do agente biológico.

A bioconteção é essencial para evitar a propagação da contaminação em áreas de isolamento hospitalar, e ao mesmo tempo complexo, podendo ser trabalhado em três aspectos diferentes

  •  Contenção primária: Trata-se dos procedimentos e processos seguidos pelos profissionais diariamente no trabalho. Tendo em vista, a proteção dos pacientes e a própria proteção evitando contaminações. Esse processo inclui proteção individual (EPI).
  •  Proteções coletivas: Cabine de biossegurança, caixas de passagem, portas com vedação ativa, etc.
  •  Contenção secundária: Referem-se a locais que necessitam de controle e confinamento da área com potencial de contaminação a intervenções de engenharia, como sistema de ar condicionado, filtros, entre outros.

A combinação destes três itens exige conhecimento e percepção para os diversos aspectos envolvidos na decisão final.  Além do controle de contaminação deve-se considerar treinamento dos profissionais, estabelecimento de processos profissionais padrões.

Pensando que o bom funcionamento dos equipamentos e instalações necessitam de profissionais preparados.

É preciso considerar também o modo de transmissão das doenças, que podem ser de diversas maneiras (por via aérea, por contato, por água), e assim identificar a melhor forma de contenção.

Quanto à segurança dos profissionais que atendem uma pessoa contaminada, existem algumas formas de protegê-los, como por exemplo, a vacinação, antes da exposição ao risco.

Porém, o maior desafio são as novas doenças e a evolução dos agentes infecciosos, que obrigam a aperfeiçoar  com frequência os processos e equipamentos de proteção individuais e coletivas, sempre trazendo soluções tecnológicas que auxiliem na contenção.

Norma NRB 7256

A norma da ABNT NRB 7256 determina o tratamento do ar em estabelecimentos assistenciais de saúde, tendo como foco o CB-55 (comitê Brasileiro de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e aquecimento).

Levando em consideração a Norma, ambientes que atendem pacientes em condições de isolamento devem seguir algumas regras com o intuito de  evitar a contaminação em áreas de isolamento hospitalar:

  • Permanecer em pressão negativa,
  • Obter pelo menos duas renovações de ar externo por hora.
  • A vazão mínima de ar de insulamento deve assegurar doze movimentações por hora a cada metro cúbico de ar existente.
  • A temperatura deve ser confortável entre 20° C e 24° C.
  • A umidade relativa deve variar entre 30% e 60%.
  • Este ambiente deve ter um sistema exclusivo de ar condicionado, completamente independente e separado das demais áreas.
  • Preferencialmente, a exaustão deve ser junto a cama do paciente.
  • O Ar deve ser filtrado, considerando uma sequencia de filtros especifica.
  • Antes do ar ser jogado para o exterior, e sempre que possível, deve ser descarregado dois metros acima do telhado e com o jato na vertical.
  • As tomadas de ar devem ser localizadas de modo que evite aspiração de descargas de exaustão de cozinhas, sanitários, lavatórios, lavanderias, proximidade de deposito de lixo, centrais de gás combustível, geradores, centrais de vácuo e estacionamentos. E ainda deve manter uma distância mínima de 08 metros de locais que possibilitem emanação de agentes infecciosos ou gases nocivos.

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Referências:

Revista SBCC. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CONTROLE DE CONTAMINAÇÃO. São Paulo 2015. Edição N° 77.

 

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