Indústria Veterinária investindo em controle de contaminação

Nos últimos tempos, a indústria veterinária se consolidou como um dos segmentos que mais se empenha para manter o controle da contaminação no seu processo produtivo, já que este é um requisito essencial para segurança e qualidade dos produtos.

A preocupação com a qualidade vai desde o consumo, referente a animais de grande porte, até a relação afetiva com animais de estimação. A manutenção da qualidade dos produtos de origem animal é um desafio para cadeia produtiva.

“A indústria de alimentos deve assegurá-la através de procedimentos de higienização que não interfiram nas propriedades nutricionais e sensoriais dos alimentos,  satisfaça os consumidores e não ofereçam riscos a saúde humana”. (GERMANO; GERMANO 2001).

A indústria veterinária possui diversos campos de atuação, desde medicamentos, incluindo vacinas, até a criação de animais em biotérios, cosméticos e produção de alimentos como carne e laticínios. A maioria dos processos podem ser beneficiados pelo controle de contaminação para garantir a segurança dos produtos.

O controle de contaminação na indústria veterinária, além de garantir a qualidade do produto, tem o objetivo de proteger o operador e o ambiente externo. Um controle eficaz vai desde a preparação dos equipamentos, até a qualidade do ar e dos suprimentos utilizados.

A falta de investimentos em produtos eficientes pode trazer inúmeros prejuízos para indústria veterinária. Além disso, o Ministério da Agricultura tem atualizado frequentemente as normas e regulamentos que devem ser cumpridos pelos fabricantes de produtos veterinários. Existe ainda uma preocupação cada vez maior na fiscalização, no que diz respeito ao cumprimento destes requisitos.

Alguns medicamentos exigem cuidados redobrados, como por exemplo, a vacina contra febre aftosa, que só pode ser manipulada em laboratório de biossegurança.

E ainda deve-se considerar o princípio de pureza que se exige na fabricação de imunobiológicos, destinado para animais de estimação e de produção. Neste processo, são realizados testes complementares para pesquisa de agentes estranhos e de esterilidade convencionais.

Torna-se evidente as semelhanças exigidas para fabricação de medicamentos humanos e de uso veterinário, considerando que os produtos com maior exigências são praticamente os mesmos: vacinas, hormônios e injetáveis.

Exigências destinadas a indústria veterinária se aproximam da indústria  farmacêutica humana.

Segundo a Pet Brasil, O Brasil é um dos países que mais cresce no segmento pet no mundo com 6,3% do mercado global, perdendo apenas para os Estados Unidos (41,8%) e Reino Unido (6,5%). A indústria de serviços para animais de estimação faturou R$ 3 bilhões em medicamentos veterinários e equipamentos e acessórios para higiene e beleza chegaram a 1,2 bilhões.

Esses números demonstram o cuidado com cerca de 132 milhões de animais de estimação do país, visto que cada vez mais eles são tratados como verdadeiros membros da família, redobrando o cuidado e gastos com esta população.

Para atender essa demanda, aumenta cada vez mais as exigências para este segmento. O controle de contaminação se torna primordial, buscando soluções de acordo com a criticidade de cada produto, exigindo assim como na indústria farmacêutica humana, uma série de soluções, como:  arquitetura e instrumentos de salas limpas (piso, forro, divisórias de fácil limpeza, visores); equipamentos e cabines de segurança; fluxos unidirecionais; sistema de HVAC atendendo as classes determinadas; controles de temperatura, umidade e pressão do ar; uniformes e paramentação adequados;  monitoramento microbiológico das condições ambientais; padronização e controle dos processos de limpeza, entre outros.

A atenção inicia-se na compra de insumos, é fundamental certificar-se que a matéria prima está adequada as especificações, sem resíduos de contaminação química ou microbiológica. Para tanto, é preciso realizar procedimentos de amostragem e análise do material, que dependendo dos aspectos exige equipamentos e condições que protejam o operado e o/ou o ambiente. No caso de um produto injetável, por exemplo, as exigências redobram com relação ao de uso oral.

Entende-se que o controle de contaminação é fundamental para manter o processo produtivo adequado, pois com ele é possível atender aos requisitos:

  • Qualidade – Produto e processo de acordo com as exigências e especificações de desenvolvimento. As características do produto devem ser fiéis ao que conta em seu registro, para que tenha o resultado esperado.
  • Segurança: não apresentar riscos ou danos para a saúde animal, entende-se que o medicamento irá atender adequadamente a cura referente ao que ele foi destinado.

Fonte:

Higienização na Indústria de Alimentos. Faculdade Veterinária. Joana Ozga Immig. Disponível em: <  https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/95136/000917784.pdf?sequence=1>. Acesso em: 14/09/16

Pet Brasil: Disponivel em <http://www.petbrasil.org.br/mercado-brasileiro> Acesso em: 14/09/2016

Revista SBCC. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CONTAMINAÇÃO. São Paulo 2015. Edição N°77.

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