Projeto para áreas limpas: evite erros

Ao iniciar um projeto para áreas limpas é preciso pensar em diversos fatores que podem prejudicar o desenvolvimento e o andamento do processo de construção deste ambiente.

Alguns erros ocorridos na elaboração do projeto, a maioria das vezes, estão relacionados a falta de informação das pessoas que trabalham com este sistema.

Existe uma simplicidade enganosa na elaboração do projeto para este ambiente – não se percebe os sistemas de tratamento de ar e o funcionamento dos anéis de circulação de águas, tampouco se imagina as complexidades da operação asséptica, que está ligada aos fluxos de pessoas, equipamentos, materiais, certificações e validações.

Quando estes detalhes passam despercebidos podem até provocar reconstruções ou reinstalações grandiosas. Pensando nisto, a seguir, citaremos os erros mais comuns:

Desconsiderar os ambientes necessários no projeto para áreas limpas

Muitas vezes inicia-se o projeto considerando somente a sala de processo. É necessário pensar também em áreas adicionais para os vestuários, corredores e salas de apoio.  Além disso, é fundamental pensar referente a necessidade da construção de áreas limpas com uma altura acima do forro, suficiente para armazenar os sistemas de tratamento de ar e outras unidades.

Ignorar o espaço para armazenamento da antecâmara no projeto para áreas limpas

Este fato faz com que a área perca a flexibilidade, deixando as operações com pressão negativa, colocando o produto em risco, ou ainda, com a pressão elevada, o que acarretará em dificuldades para o operador abrir a porta.

Menosprezar espaços para os vestiários no projeto para áreas limpas

Esta falha pode ocasionar na perda do espaço do “banquinho” que determina a separação entre as zonas de entrada e limpa. Os operadores acabam fazendo movimentos limitados ao se vestir, diminuindo as técnicas assépticas, que são fundamentais no controle da contaminação.

Desprezar os espaços necessários no projeto para áreas limpas 

Este erro pode trazer muitos transtornos, como:

  • Falta de espaço apropriado para os corredores, eliminando passagens que possibilitam separar os caminhos de materiais entrando ou saindo, ou ainda o caminho de pessoas.
  • Limitação no encaminhamento de materiais que precisam fazer manobras adicionais em volta ou em torno de outros materiais antecipadamente introduzidos.
  •  Falta de controle de fluxos apropriados de pessoas, materiais e equipamentos.
  •  Falta de espaços vertical para passagem de dutos de ar e outros utensílios, dificultando o acesso, vinculando os dutos e tubulações nos pequenos espaços disponíveis.

Omitir as definições de processos no projeto para áreas limpas

Quando isso acontece, nos esbarramos com uma ausência de detalhamento das atividades envolvidas nos processos das operações.

Com a falta de planejamento de fluxos de pessoas, equipamentos e materiais, o projetista passa a ter complicações para planejar corredores necessários, separação de pessoas de materiais, fluxo de pessoas entrando e saindo, e distinguir materiais novos dos usados.

É preciso estar atento a cada etapa do projeto de áreas limpas, garantindo assim, a qualidade e segurança do seu processo produtivo.

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Referência:

Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação. Guia Para Projetos de Áreas Limpas – Em Acordo com a Norma NRB ISO 14644-4  (São Paulo, 2012).

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