Sala Limpa: Dicas fundamentais para o seu projeto

Quando pensamos em projeto, logo nos vem a ideia de criação de uma solução física a uma necessidade. Em uma empresa, os projetos iniciam, são detalhados, debatidos, aprovados e executados.

Porém, quando falamos em Sala Limpa nos deparamos com projetos que precisam ser minimamente estruturados, antes iniciado é necessário que seja aprovado nos testes de certificação e qualificação, em conformidade com a norma NBR ISO 146444-4.

Esta norma irá direcionar o projetista no desenvolvimento do projeto, na previsão dos recursos e prazos adequados. Funciona como um contrato entre o usuário e o fornecedor, com  indicações dos itens importantes a serem discutidos e acordado entre as partes.

As necessidades para criação do layout de Sala Limpa

Para dar início a atividade de desenhar e criar o layout de uma sala limpa é necessário primeiramente consolidar as definições dos processos e de seus requisitos, dos equipamentos e dos requisitos das salas limpas. Além disso, é necessário termos definidos os fluxogramas de processo e as informações sobre os tipos de equipamento e a delimitação do espaço necessário para seu funcionamento.

É importante termos em mente que o layout de uma sala limpa deve ser desenhado juntamente dos fluxos de pessoas, equipamentos, produtos e materiais. Enquanto se divide os papéis em salas, antecâmaras e corredores, posicionando equipamentos e portas, marcando os fluxos a seguir:

– Caminho das pessoas que entram no prédio, vestindo seus uniformes, adentrando as áreas limpas e saindo delas para outro caminho;

– Caminho dos equipamentos móveis sujos para o box  de limpeza, retornando limpos através das antecâmaras, esterilizadores e corredores limpos;

– Caminho dos materiais e produtos passando por sanitizações, limpezas, esterilizações até os postos de trabalho, saindo como produto montado (envasado) direcionando-se às áreas de embalagem ou descartados nas devidas áreas para tal.

As diretrizes gerais da criação do layout preliminar

Para se criar um layout adequado, deve-se ter em mente que é necessário priorizar os objetivos do projeto, levando em consideração restrições econômicas, de espaço, de segurança, entre outras.

Não existem regras ou conselhos gerais que guiem os primeiros esboços. Em determinados projetos, as salas limpas localizam-se melhor no centro da área disponível, circundadas por salas adjacentes e de apoio, representando o conceito de controle da contaminação por zonas concêntricas.

Em outras opções de projetos, a sala limpa tem condições mais favoráveis quando encostada na parede do prédio ou num canto, podendo deixar uma grande área livre para embalagem, ou então quando as salas devem estar próximas de áreas fornecedoras de materiais ou quando o projeto é proveniente da reforma de uma área que já existe.

É indicado que desde o início do projeto seja previsto um corredor externo para visitação e/ou supervisão das atividades que ocorrem internamente das áreas limpas.

As dimensões das salas devem possibilitar as operações previstas para os locais e devem ser considerados os seguintes quesitos:

Afastamento entre os equipamentos (tendo referência a entrada e a saída da sala);

Espaços para tráfego (especialmente para carrinhos que carregam materiais);

Não perturbação do fluxo do ar pelo posicionamento das regiões de operação, montagem e limpeza, tráfego de pessoas e materiais.

É interessante também que se desenhe uma biblioteca de “bonecos” ou “templates” que representem os equipamentos, portas e demais aberturas, os quais servirão para dimensionar as salas e encaixar tais elementos no quebra-cabeça da área. Assim, pode-se também prever as entradas e saídas dos equipamentos.

As salas desenhadas inicialmente são complementadas com salas adjacentes e corredores, atendendo as seguintes necessidades:

– Entrada e saída de pessoas. De acordo com a aplicação, a entrada para a área limpa deve ser separada da saída (utilizando antecâmaras que possibilitam a separação do espaço ou por procedimentos, que garantem a separação no tempo);

– Entrada e saída de materiais. Em alguns processos, é mais interessante separar as entradas das saídas, evitando a contaminação do material limpo pelo sujo. Tal risco é menor para outros processos.

– Fluxos de pessoas, produtos e materiais. Neste caso, as imposições de processo já devem estar definidas pelos fluxogramas processuais.

– Espaços para utilidades. Permitem o encaminhamento dos dutos de ar e das tubulações de fluídos, de preferência fora das salas limpas. Tais passagens podem ser previstas na forma de dutos técnicos ou como paredes duplas.

Fonte:

Obras 24 horas. Disponível em: <http://www.obra24horas.com.br/artigos/revestimentos/salas-limpas–entenda-esse-conceito>. Acesso em: 12/08/2016.

Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação. Guia Para Projetos de Áreas Limpas – Em Acordo com a Norma NRB ISO 14644-4 (São Paulo, 2012).

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