Salas limpas para indústria veterinária: setor segue os passos das farmacêuticas

Quando falamos sobre salas limpas para indústria veterinária, é importante termos em mente os objetivos principais destas indústrias. As indústrias que fabricam produtos veterinários de caráter farmacêutico buscam direcionar seus investimentos cada vez para adquirir equipamentos modernos e para a capacitação de seus profissionais, buscando se adequar às exigências do MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). O treinamento dos colaboradores alinhado às normas da BPF, implantando políticas de auditorias internas também faz parte das estratégias de adaptação do setor.

Inicialmente, as indústrias mantiveram-se focadas principalmente na otimização das instalações, já que estas foram utilizadas como base para que se implantassem sistemas de qualidade focados nas BPF. Se as áreas produtivas não são desenhadas, construídas, projetadas e administradas de maneira a se adaptar às operações que serão realizadas dentro de cada uma delas, será impossível minimizar o risco de erros, de contaminação cruzada, de acúmulo de poeira, sujeira ou outros efeitos sobre a qualidade dos produtos desenvolvidos.

Assim que as instalações passarem a cumprir com as exigências regulatórias, o sistema de qualidade passa a ser implantado. Hoje em dia, as ações das salas limpas para indústrias veterinárias estão voltadas para as áreas de validação. O MAPA tem exigido muitos critérios de documentação e validação, incluindo planos, protocolos e relatórios.

Uma grande evolução deste segmento se deu nos últimos anos, tanto por questões de obrigatoriedade quanto conscientização. O MAPA tem cumprido sua função de órgão regulador e fiscalizador, promovendo auditorias orientadoras de qualidade, avaliando novos produtos, tanto em fases comerciais quanto de renovação.

Houve uma significativa evolução do setor nos últimos cinco anos, seja por conscientização, seja por obrigatoriedade. O MAPA, como órgão regulador e fiscalizador, tem cumprido seu papel nas auditorias orientadoras e quando da avaliação de novos produtos e produtos comerciais em fase de renovação. Associações de classe, como o Sindan e a Alanac tem buscado oferecer aos associados as condições apropriadas para a adequação mais rápida possível.

Pequenas correções de rota se fazem necessárias, como maiores interações entre salas limpas para indústrias veterinárias, entidades de classe, MAPA, garantindo uma uniformização no processo fiscalizador incluindo participantes que se comuniquem com a mesma linguagem, facilitando o cumprimento das exigências.

Estas adequações são garantidas por legislação pelos decretos 5053 de abril de 2004, a Instrução Normativa 13 de outubro de 2003 e pelo ato de complemento nº 10 que criou o roteiro de inspeção para as salas limpas para indústria veterinária. Existem outras INs complementares a BPF que foram publicadas, como a IN 15 de maio/05, responsável por instituir o regulamento técnico para o desenvolvimento dos estudos de estabilidade, e a IN 26 de setembro/05, que garantiu a instituição do regulamento técnico para o desenvolvimento de partidas piloto.

Tecnologia de salas limpas para indústria veterinária

As indústrias veterinárias direcionam uma grande porção de seus investimentos na aquisição de equipamentos modernos. Com a implantação do PNIFF às salas limpas para indústria farmacêutica no ano 1955 (Programa Nacional de Inspeção da Indústria Farmacêutica e Farmoquímica), esse processo passa a ocorrer também na indústria veterinária. Porém, a indústria veterinária está se adequando muito mais rapidamente na coleta de informações sobre equipamentos e novos lançamentos, produzindo dentro das recomendações das BPF.

As empresas que ainda utilizam equipamentos antigos dificilmente estão cumprindo com os requerimentos para qualificação. Com as inspeções mais rigorosas do MAPA, muitas empresas passam a buscar se adequar a investir novas áreas.

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