Tecnologia de Biossegurança: Entenda o seu funcionamento

A tecnologia de Biossegurança tem a finalidade de controlar os riscos provocados pelo uso de agentes químicos, físicos e biológicos.  Trabalhos realizados com microrganismos que possam afetar de alguma forma o meio ambiente necessitam de cuidados extremo.

Para Isso, é preciso aplicar medidas de contenção (um dos princípios da Biossegurança, aplicado em laboratórios para estabelecer procedimentos de segurança realizados na manipulação de materiais infecciosos ou que possam afetar a saúde humana ou ambiental),   que incluem procedimentos de segurança que protejam aqueles que manipulam os micro-organismos, com isso, diminuindo o risco de exposição a agentes nocivos e protegendo o ambiente interno e externo ao laboratório.

Evolução da tecnologia de Biossegurança

A Biossegurança é um assunto recente no mundo, passou a ser discutido na década de 70. Os cientistas passaram a falar sobre os riscos e as necessidades de proteção para os profissionais que trabalham com manipulação de micro-organismos perigosos, após os primeiros passos da engenharia genética.

Neste mesmo período a Organização Mundial de Saúde (OMS) definia biossegurança como práticas preventivas para o trabalho com agentes patogênicos para o homem, sem pensar nos ambientes interno e externo, onde acontece a manipulação.

A partir dos anos 80 a entidade passou a levar em consideração os aspectos periféricos para estes ambientes laboratoriais, como riscos químicos, físicos, radioativos e ergonômicos.

Em 1991 inicia-se no Instituto Pasteur de Paris, na França, discussão sobre ética da pesquisa em microbiologia referente ao meio ambiente e aos animais.

Desde 2013 o Comitê Brasileiro de Áreas Limpas e Controladas CB-46 vem desenvolvendo uma norma própria para biossegurança no Brasil. Este trabalho está previsto para ser concluído em 2017.

Desafios de construção para a tecnologia de biossegurança

A construção de um laboratório de biossegurança é realizada com base em normas internacionais e guias brasileiros, como CTNBio (Comissão Tecnológica de Biossegurança),  ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações da OMS (organização Mundial da Saúde) e CDCs (Centers for Disease Control) e normas internacionais.

O que dificulta a realização dos projetos é o fato de não estar explicita a necessidade real de cada nível de biocontenção.  Esse problema também acaba interferindo no planejamento  necessário antes da obra, umas vez que o não se sabe o que fazer e as reais necessidades para cada caso.

Desafios na filtragem para a Tecnologia de biossegurança

Embora eficientes no trabalho de filtragem do ar, os filtros HEPA não conseguem deter 100% das partículas presentes no escoamento.

Segundo informações dos fabricantes de filtros é possível reter  entre 5 e 50 partículas a cada 10000, com este número não é possível conter partículas maiores, como as bactérias,  que terão probabilidade de ser capturada, mas não com 100% de  retenção.  Este fato é totalmente aceitável, considerando que as defesas biológicas aguentam certa quantidade de organismos sem gerar risco de infecção.

Porém, é necessário ter atenção redobrada referente ao acumulo que acontece ao longo dos anos de operação, além da quantidade de dispositivos no mesmo local, tendo perigo de lançar os mesmo organismos no ambiente.

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Referência:

Revista SBCC. Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação. Edição N° 81. São Paulo -SP .

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