À medida que a pandemia se espalhou pelo mundo, bloqueios e outras restrições destinadas a conter COVID-19 aumentaram outros riscos à saúde, particularmente em pessoas que vivem com HIV, que temiam que seu acesso a serviços de salvamento pudesse ser interrompido. Em vez disso, novos métodos – muitas vezes desenvolvidos por pacientes – para atender às suas necessidades, começaram a surgir em comunidades de pessoas vivendo com HIV em todo o mundo.
O surgimento desses modelos de prestação de serviços diferenciados durante a pandemia é um dos temas centrais da Conferência da Sociedade Internacional de AIDS sobre a Ciência do HIV.
A Organização Mundial da Saúde centralizou a prestação de serviços diferenciados na tentativa de cumprir as metas globais estabelecidas pelo UNAIDS para acabar com a epidemia de AIDS até 2030: 95% de todas as pessoas que vivem com HIV diagnosticadas, 95% dos pacientes em tratamento e 95% desses pacientes com supressão viral.
Na Tailândia, o IHRI introduziu um conjunto de serviços durante a pandemia, muitos em resposta direta às demandas da comunidade. Os novos modelos incluíam vários que utilizavam a telemedicina para substituir as visitas pessoais e agilizar o acesso ao tratamento ou prevenção do HIV.
Os pacientes recém-diagnosticados com HIV e inscritos em medicamentos antirretrovirais, ou ARVs, puderam optar por um acompanhamento online após duas semanas, em vez de uma reunião presencial. Da mesma forma, membros de populações vulneráveis que buscam iniciar a profilaxia pré-exposição, que evita a aquisição do HIV, tiveram a opção de acompanhamento por telessaúde.
Segundo os especialistas, o que vem sendo observado como resultado do COVID são mais comunidades monitorando o que está acontecendo, repassando o que acontece entre os membros. O objetivo é desenvolver mais destes avanços, para criar serviços e sistemas que permitam que pacientes e destinatários de cuidados estejam no centro da prestação de serviços.